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12 DE JUNHO DE 2019

Rompimento de barragens é lembrado no Dia do Meio Ambiente

Requerimento foi apresentado pelo deputado João Vítor Xavier.

Segundo o deputado João Vítor Xavier (PSDB) vice-presidente da comissão e autor do requerimento que deu origem à audiência refletir sobre a data é essencial sobretudo neste momento em que o Estado sofre as consequências do rompimento de barragens de rejeitos da mineração.

Durante a reunião ele leu documento para a instalação da Frente Parlamentar pela Água e Segurança Hídrica da qual é um dos solicitantes.

As  recentemente relacionadas ao rompimento de barragens em Mariana (Região Central) e Brumadinho (Região Metropolitana de Belo Horizonte) foram lembradas em audiência pública nesta quarta-feira (5/6/19).

A reunião realizada pela Comissão de Minas e Energia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) teve o objetivo de destacar o  celebrado anualmente em 5 de junho. De modo geral a mensagem dos participantes foi de que apesar do sentimento de tristeza e indignação pelos fatos e suas consequências .

Para o representante do Instituto Guaicuy Marcus Vinícius Polignano embora não haja muito o que se comemorar o Dia do Meio Ambiente não poderia passar despercebido. “Não podemos trabalhar com a cultura da morte. O ambiente é vida. Só existimos neste planeta por um efeito divino ou para quem não acredita pelo acaso. Somos o único planeta dotado dessa capacidade de vida. Recebemos essa herança. Uma herança que cuidamos mal” declarou.

Ele acrescentou que o Estado . “Deve ser exemplo de preservação” afirmou.

Integrante do Projeto Manuelzão e do Movimento Preservação Serra do Gandarela Jeanine Renate Souza Oliveira concordou que não há o que se comemorar na data. Contudo ela agradeceu às entidades presentes na audiência pelo trabalho que realizam. “Que possamos construir coisas positivas a partir do que estamos vivendo” disse.

Segundo Maria Teresa Corujo da coordenação do Movimento pelas Serras e Águas de Minas (MovSAM) apesar de imperar um sistema econômico baseado em valores de acúmulo de riqueza e lucro a . “Com muita luta temos obtido algumas conquistas” afirmou.

Ela citou como exemplos a  que institui a Política Estadual de Segurança de Barragens e que contém propostas do PL 3.695/16 de iniciativa popular e o impedimento para que a mineração fosse realizada na Serra da Gandarela.

 - O representante do Lei.A - Observatório de Leis Ambientais Leonardo Cardoso Ivo explicou que a instituição tem o objetivo de oferecer informações sobre questões ambientais de forma clara à sociedade. Estão disponíveis no site da entidade projetos de lei pertinentes ao tema e outros conteúdos.

“Pretendemos para que ela participe de iniciativas com mais conhecimento” contou.

 

Representantes da Fridays For Future (FFF) ou Sextas para o Futuro com idades entre 17 e 19 anos participaram da audiência desta quarta. Eles destacaram que a temática ambiental precisa de ações urgentes e que estão dispostos a lutar por isso.

O  com o intuito de demonstrar a necessidade e a urgência da proteção do clima. Progressivamente jovens de todo o mundo aderiram à iniciativa.

Rafael Câmara de Castro salientou o  nesse contexto. “Vivemos a grande desesperança de presenciar desastres ambientais e cortes de investimentos nessa área. Mas estamos dispostos a fazer nossas vozes serem ouvidas” ressaltou. Ele pediu apoio para mobilizar mais pessoas para a causa.

Já Eduardo de Freitas Rodrigues Weber Gutseit pediu que os parlamentares sejam afetados positivamente pelo movimento. “É preciso falar sobre o clima mas não da forma como é tratado hoje de maneira subestimada” enfatizou.

Roberta Scarpelli leu uma Carta Aberta pelo Clima. “Até o início do século XXI agimos com pouca sensibilidade ambiental e com ineficientes políticas ambientais sobretudo quanto ao clima o que nos levou ao atual cenário de crise climática. Porém nós jovens não mais ficaremos impassíveis diante desse apocalipse que estamos a enfrentar. Nós não concordamos com o futuro que está sendo escolhido para nós” diz um trecho do documento.

Isabella Almeida Guerra por sua vez enfatizou que o movimento discute além da mudança climática a questão da água uma vez que os temas estão entrelaçados. “As mudanças climáticas vão afetar nossos aquíferos” afirmou. 

 

 - A reunião foi acompanhada por estudantes da Escola Municipal Adauto Lúcio Cardoso que fizeram apresentações culturais em alusão à data e ao rompimento das Barragens de Fundão e de Córrego do Feijão. O cantor Tom de Minas encerrou a programação. Uma das músicas que apresentou foi “Um canto para Brumadinho”.